Por: Aline
Oliveira
Gosto de observar e
fotografar árvores por aí. Tem sempre uma delas enfeitando a paisagem cinza da
cidade, trazendo sombra e colorindo praças, calçadas e esquinas por onde passo.
Há pouco li um livro do Rubem Alves sobre uma infinidade de assuntos, entre eles
o que me motivou a escrever este texto.
Dentre as diversas
crônicas, uma delas falava do desejo que ele tinha de plantar árvores, ainda
que não vivesse o suficiente para desfrutar de suas sombras. Uma bela metáfora
para falar das utopias que cada um de nós cultiva.
Compartilho do
pensamento de Rubem. Ainda que não esteja aqui quando as coisas em que acredito
se tornarem reais, as buscarei durante minha jornada. Claro que, pelo caminho
haverá quem tente apoiar, mas também quem perca tempo torcendo contra os sonhos
de cada um de nós.
Aproveitando a
metáfora, haverá quem admire a beleza das árvores plantadas e as cuide com
carinho; e quem reclame das folhas secas que caem ao chão, da “sujeira” que se
espalha ao redor de nossas raízes. Mesmo assim, plantemos nossas árvores! Seja
para colher frutos dia após dia, seja para deixá-los de herança a quem por este
mundo passar em algum momento dessa vida.
Pode demorar que
elas cresçam, floresçam e nos presenteiem com sua beleza digna dos mais belos
quadros impressionistas, mas não deixemos de lado o ato de cultivá-las.