segunda-feira, 8 de maio de 2017

Abraço

Imagem: Reprodução Instagram - Hennkim
Por: Aline Oliveira

Abraço. O ombro que me apoia em fim de dia cansativo, o pão de queijo em tarde preguiçosa de domingo, o tempo despendido em ajudar quem precisa. Abraço a minha vontade de chorar quando tudo transborda, a falta de tempo para escolher uma roupa melhor em dia importante, a matéria que devia ter estudado mais, o esmalte que descasca antes da semana acabar.
Abraço o momento que me arranca um sorriso largo quando aparece em forma de recordação inesperada, as poucas horas preenchidas pela obrigação de não ter obrigação alguma, a mancada que não entendo - pode ser que amanhã alguém não entenda uma mancada minha também. Abraço quem me fala “tchau, me avisa quando chegar”, a preguiça da emenda de feriado, o rolê em cima da hora com a galera de sempre.
Abraço meus erros e a dificuldade que tenho de lidar com eles, o receio de superestimar algo ruim, a insegurança com a recíproca que não vem, a necessidade de acreditar no melhor.
Abraço o que dói, desestabiliza, confunde e faz crescer - abraço cura. Abraço o que traz felicidade, salva, amplia sorrisos, porque o abraço vai tornar cada lembrança ainda mais especial.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Fim de feriado

Por: Aline Oliveira Aqui de onde escrevo faz frio, e quando a temperatura cai, diminui também minha vontade de fazer uma série de coisas. Uma vez li uma entrevista de um ator, e em certo trecho ele dizia que São Paulo é um lugar convidativo às reflexões, aos sentimentos cinzas e às atividades como a escrita. No Rio de Janeiro, por exemplo, ele não teria escrito nada (ao lembrar o processo de criação de um livro quando morava em Sampa). Aquele calorão convida à praia, água de coco e vôlei. O que menos alguém vai fazer é ficar dentro de casa pensando na vida. Ainda não tive a oportunidade de conhecer o RJ, mas concordei com ele.
Do alto do meu tempo ocioso não tão ocioso assim, senti muita vontade de escrever. A parte triste é que às vezes você dedica horas ao que deseja e parece que o resultado não vem. Escrevi um monte de bobeiras que não devem fazer tanto sentido, mas aí apareceu numa das timelines da vida a frase “não deixar acumular pó nos sonhos”. Tô aqui passando uma flanelinha.