terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vem 2014!


Por:
Aline Oliveira

Não vou começar dizendo que foi um ano dos melhores que eu já tive. Na verdade, não foram poucas as vezes ou os meses que eu pedi pra correr depressa. É, 2013 não foi fácil. Foi preciso muita persistência e paciência para lidar com adversidades. Claro que momentos bons existiram e ainda bem que existiram! E agora já foi, estamos cada vez mais perto de um ano novo.

Fica sempre aquele balanço do que foi positivo e negativo nesses 12 meses. E chega o momento de fazer planos e criar expectativas de como será 2014. Vai ser um ano bastante cheio; será também o ano de fechamento de um ciclo importante.

Espero que haja muita felicidade, harmonia e perseverança nesses 365 dias que batem à porta.

A você, a mim, a nós
Um Feliz Ano Novo!

Sobre 2013


Por: Amábile Oliveira

Tem coisas que são de praxe. Retrospectiva de fim de ano é uma delas. Inevitavelmente somos pegos relembrando nossos momentos e montando nosso próprio frame com imagens que marcaram - seja na lembrança, no papel listando fatos ou em um app qualquer pra postar nas redes sociais.
Fato é que faz parte da nossa vida lembrar e relembrar pedaços dessa história que construímos e desconstruímos diariamente. Fazendo planos, mudando alguns deles, improvisando, dando aquele jeitinho brasileiro, enfim. Nem sempre conseguimos ser senhores do nosso destino, embora nossas escolhas tenham grande importância sobre nossos rumos.
A vida é quem dirige o espetáculo que se divide em ciclos de 365 dias. E o fechamento de mais um deles se aproxima, outra vez. Sempre que as férias dão uma brecada na loucura de estudos, trabalhos, deveres e afins, uma sensação diferente domina, a ponto de estranharmos tamanha "falta do que fazer" assim, de repente. Porque é tudo tão intenso, que o sossego pega de surpresa.
Ao mesmo tempo, uma ansiedade domina, planos e mais planos pro novo ano, ideias ainda não realizadas e certa nostalgia também. E aí entra a famosa retrô de fim de ano. Curiosamente, descubro só agora o que a numerologia reservava pra mim este ano. Mais curioso ainda foi notar que a realidade "bateu" com o que os números revelavam. " ...um ano de trabalho árduo ... você poderá ser mais exigido do que de costume... 
Realmente, foi um ano pesado. Não apenas pela rotina desgastante de estudos e demais atividades, mas também por outras preocupações, dificuldades. 2013 mal começou e logo se sucedeu um período difícil. Uma perda que abalou toda a família marcou demais. Todos pegos de surpresa e sinceramente, passados meses, confesso que a ficha não caiu totalmente...
"Você poderá se sentir sobrecarregado de responsabilidades, procure ter calma, saiba administrar bem seu tempo.” O cansaço por vezes falou muito alto. Foi preciso muita calma pra suportar as pirações em meio aos conflitos, divergências, estresses e afins.
...a organização será de suma importância para que você não se perca diante de tantas ocupações." A determinação foi persistente e me acompanhou nas madrugadas em claro, enquanto o físico pedia arrego e o psicológico tentava se impor.
O melhor de tudo, é que passado mais um ano, vi crescer amizades, companheirismo e parceria. "É impossível ser feliz sozinho" e digo mais, nada tem sentido se não for compartilhado.
Amizade é também doar-se constantemente, fazer-se presente e se alegrar com tudo isso. Mesmo nas dificuldades, prestar apoio, correr junto. Surpresas não faltaram, com gestos, atitudes boas (e as nem tanto), risos, abraços, reviravoltas, e voltas e mais voltas. O mundo gira e se às vezes deixa tudo de cabeça pra baixo, mais adiante a gente tenta por as coisas no lugar. E mesmo se cair, o importante é levantar.
A verdade é que depois vamos todos rir junto, dos erros e apuros. E quem sabe repetir alguns deles, e aprender com isso. Aprendizado também não faltou, na faculdade, no trabalho, na vida. E é assim que deve ser. Encerrado mais um ano, enxergo crescimento e evolução nas pessoas ao redor e do lado de cá também. 
Reinventei-me cada vez que fui pega de surpresa por imprevistos grandes ou pequenos; cada vez que tive que ficar bem, mesmo não estando; cada vez que vi o mundo se reinventar e me mostrar que existem várias formas de fazer a mesma coisa; que o certo pra mim pode não ser pra outra pessoa e vice versa. Cada vez que tive medo e precisei de coragem; cada vez que fiquei, quando desejava ir; cada vez que fui quando queria ficar ou achava que queria. 
Por muitas vezes, desejei que o ano acabasse logo. É, não foi fácil e não é fácil explicar os porquês... Contudo ou com tudo, me foram acrescentadas experiências e lições que não me fazem ser outra pessoa, apenas um "eu" um pouco diferente de 365 dias atrás. Com mais brilho no olhar, quem sabe mais feliz, mais forte e com a esperança que sempre esteve aqui, junto aos sonhos, crenças e valores essenciais.
Que venha 2014, com mais reinvenções pra somar ao que temos de essência,  que nos mantém sendo os mesmos "eus", mas de um jeito diferente, quem sabe melhor!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sobre escolhas e o tempo


Parando pra pensar nas escolhas, vi o quanto é contraditório o ato de escolher. Alguns escolhem entre as muitas possibilidades que a vida lhes oferece - e ainda reclamam não ter tudo. Outros, em maior número, escolhem entre “essa OU aquela” – não dá pra ficar com as duas coisas e é assim que é.

Pensei também no tempo, este senhor de todo dia. Pensei no envelhecimento, nas pessoas mais velhas, na velhice que espero alcançar. Passa tão rápido ao refletirmos sobre o que já conquistamos e, ao mesmo tempo, tão devagar quando há pressa em alcançar sonhos e mais sonhos.

Hoje deixei a pressa de lado e parei numa estação do metrô em que um (lindo) coral de senhoras se apresentava. Fiquei ouvindo uns dez minutos, o suficiente para escutar três canções. (Quando Eu Quero Falar Com Deus - Roberto Carlos; Oração de Um JovemTriste - Antônio Marcos e Tocando em frente – Almir Sater).

Reparei nos gestos daquelas senhoras. Também nos olhares e nas vozes, carregadas de emoção ao cantar. Mesmo sem conhecê-las, senti uma felicidade pulsar e falar mais alto por conta da escolha que elas fizeram de estar ali, fazendo algo bonito diante da vida (a vida de cada uma delas e a de quem por ali passava).

Podiam estar em casa, depressivas pela solidão que chegou com a idade. Podiam reclamar de tudo quanto for possível ou sei lá, podiam ser infelizes de alguma outra forma qualquer... Hipóteses e mais hipóteses.  Achei que fizeram uma ótima escolha por qualquer que tenha sido a motivação de cada uma delas.

Nos tempos de hoje, a velhice às vezes é encarada como incapacidade ou uma certa invalidez, como se viver fosse apenas esperar pela morte. E não é. Se houver escolha, quero envelhecer vivendo. Acho que de toda essa história, foi essa a certeza que eu vi confirmada.


“... Cada um de nós compõe a sua história, 
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz!”

sábado, 5 de outubro de 2013

Antônimos


Vem e volta atrás
Não fica
Recua
Avança
Se arrepende
Bagunça, me rende
Me deixa, mas não vai.
Instaura a guerra
Querendo paz.
Me leva pro alto
E me deixa cair em queda-livre
Paga pra ver, não duvide.
É passado que não passou
Presente que não ficou
Futuro que já chegou.
Acaso que teima ser descaso
Sem fim
Sem mim
Sem ti
Eu, você, nós

Sozinhos, a sós.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Paradoxo


Quis ouvir o silêncio
Calar a voz que nada diz
Entre arriscar e ter medo
Preferi ser feliz

Não houve tempo perdido
Indecisão ou pranto
Dentre as pedras no caminho
Vi surgir o acalanto

Não quis choro, nem vela
Nesse meio tempo
Notei que a vida passava
Enquanto estava ali

Parado na janela

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Nossos motivos

Pode até ser que não, mas de forma geral, as pessoas vivem buscando motivos para fazer isso ou aquilo, como se tudo precisasse de um impulso maior para sair do virtual (no sentido daquilo que pode vir a ser real). Mas nem sempre temos motivos grandiosos para as pequenas escolhas diárias.
Quando se fala em motivação, parece tudo meio teórico demais, coisa de quem estuda o ambiente organizacional. Porém, você não precisa conhecer a Teoria de Maslow, por exemplo, para sentir-se motivado.
Verdade é que uma espécie de pessimismo ronda por aí. Esses dias estava lendo e me deparei com uma citação feita por Rubem Alves numa de suas crônicas. Dizia assim: “No mundo civilizado, das organizações, será possível ter reverência pelo próximo? Na lógica das organizações não há ‘próximos’ nem amigos. A lógica das organizações diz: ‘Cada funcionário é apenas um meio para o fim da organização, não importa quão grandioso ele seja!” (A citação corresponde ao pensamento de Schweitzer).
O tom fatalista não deixa de ser verdadeiro, pois muitas empresas agem assim mesmo, o que é uma pena. Em ambientes como esse, motivação vem de onde? - Eu pergunto. Mas em um mundo de contrariedades, vale contrariar esse pensamento e buscar motivação como um bem pessoal, nem sempre ligado à profissão e ao dinheiro.
Motivação é coisa simples, nós que complicamos.

Se puder, assista a um curta chamado Validation. E reflita!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Insônia


Já é tarde, e todos ao meu redor já adormeceram enquanto permaneço completamente desperta. Quem explica o que contraria a lógica de cairmos no sono ao fim de um dia cheio de eventos e tarefas?
O dia foi longo, extenso eu diria, a ponto de fazer perder a noção do tempo. Ainda assim, o sono não vem.
Por vezes o que preenche a noite é uma lembrança inesperada, um plano em construção ou uma preocupação qualquer. Outras vezes, é um mix de tudo. O nome disso? Reflexão
Aí então a madrugada é longa, preenchida por aqueles pensamentos mais remotos. Um vaivém entre desejos antigos e novos anseios. Problemas, lembranças, saudades, palpites, suposições, enfim. E essa sensação persiste por dias seguidos.

E nessa aparente solidão, a insônia tem lá seu lado companheiro. Perto ou longe, tem sempre alguém desperto por aí.

sábado, 20 de julho de 2013

Quem são eles?

Aqueles que atendem ao telefone quando você precisa desabafar, dar uma boa notícia ou apenas matar a saudade. Ou que nem sempre atendem, mas a gente perdoa. Que ajudam nas tarefas do trabalho, da faculdade ou aquele favorzinho esperto de última hora. 

São aqueles que somem de vez em quando e mudam de telefone (sem avisar). Que você fica anos sem ver pra reencontrar numa esquina qualquer dessa vida. E aí vale tudo: estação de metrô, ponto de ônibus, shopping, supermercado e tudo o que se possa imaginar. Daí te abraçam, perguntam as novidades e contam as deles também. Em alguns casos, podem ser aqueles que apenas dirão um “Oi”, afinal o tempo fez sumir a intimidade e aumentar a distância entre quem já foi inseparável.

São eles também que darão mais brilho e cor aos dias cinzas da caminhada diária. Que serão presença quando pintar a solidão. E que se sentirão sozinhos também, precisando de companhia, a sua companhia.

Talvez sejam aqueles que surgem inesperadamente, por vezes de maneira intromissiva, mas que acabam conquistando espaço, afinal, a amizade quase sempre é uma invasão concedida.

Eles são todos aqueles que estão longe ou que estão perto. Aqueles que sempre vemos e também os que gostaríamos de ver sempre. Eles são AMIGOS.

E hoje é o dia deles.
Feliz dia do Amigo!



**Nota: Pesquisando sobre o porquê dessa data, você vai descobrir que 20 de julho é o aniversário da chegada do homem à lua. Qual seria a relação com a amizade? Penso eu que amigos também nos tiram de nosso planeta e nos fazem chegar a lugares incríveis!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nostalgia


E aí você se pega remexendo caixas, relembrando histórias e reconstruindo imagens na memória. Ao se trancar com estes pensamentos, revive tudo tão de perto, lembra-se de cada detalhe que chega até a esquecer por um momento que se passaram anos. A família ganhou membros, perdeu outros, mudou de endereço, ampliou vínculos e desfez relações que o próprio tempo indicou o fim.
Curioso de tudo isso é que o passado, quase sempre, traz junto de si uma dose de saudade.
Sentimos falta de momentos, pessoas e até mesmo de hábitos que ficaram pra trás. Muitas das vezes, sentimos falta de tudo de mais simples que tivemos. A gente cria tanta coisa e depois o que deseja é se refugiar em muitas delas. Ouvir músicas do velho vinil, fugir da agitação da cidade, passar uns dias no interior, longe de tudo, longe de todos.

O mundo que reinventamos a cada dia quer fuga de suas próprias invenções. É uma mistura de ansiedade e nostalgia preenchendo nossas vidas. 

domingo, 26 de maio de 2013

Maio

Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês

Foi no dia vinte e dois desse mês que, coincidência ou não, acordei com essa música na cabeça. Fiquei pensando na passagem do tempo e nas mudanças que isso traz. Nos mostra caminhos para superar problemas e fazer com que dores doam menos, até conseguirmos ser maiores que qualquer adversidade. Pensei também no que a falta de tempo acarreta ao nosso dia a dia. Muda nossos planos, rouba oportunidades de fazer coisas simples enquanto pensamos em cumprir tantas tarefas e obrigações.

Não reclamo, apenas observo. Já vivi momentos em que não ter nada para fazer era entediante. Em outros, fazendo sempre as mesmas coisas, da mesma forma, nem vi a sucessão de meses.  Não sei se as outras pessoas pensam sobre isso.

Às vezes, sinto que preciso parar. Parar e olhar da janela como tudo mudou. Olhar pra dentro e ver como mudei também. Maio está passando muito rápido, costumo dizer que alguns meses começam já acabando, pois compromissos já estão marcados desde a primeira semana. Na porta da geladeira, tem uma lista de coisas que não posso esquecer.

Desde que me veio a vontade de escrever este texto, já se foram quatro dias. E continuo pensando nas mesmas questões, talvez com menos intensidade. Mas voltando um pouco antes, dia 23 eu quis revisitar o passado. Lembrar de como as coisas eram há dois anos atrás. Quis lembrar sobretudo, das pessoas com quem convivi.

Apesar da falta de notícias - dos outros e minhas também, tem gente que está sempre perto. Penso que muito do que sou hoje veio das relações afetuosas das quais pude desfrutar. Melhor, das quais posso ainda desfrutar.

Tenho amigos que não vejo há meses e sei que estão ali e aqui, no coração. Se tudo tem dois lados, algumas pessoas vejo todos os dias e nem sei quem são de verdade. Coisas da vida.

Na última quinta-feira, como em algumas outras deste mês de maio, pensamentos flutuaram além do sono, cansaço e quaisquer problemas de um dia corriqueiro.

...Me emocionei porque olhei pra trás e pra frente

Nos dois momentos, você estava presente...

sábado, 13 de abril de 2013

Pela Arquitetura



A arquitetura é uma atividade altamente complexa; opera numa região limítrofe, a meio caminho entre a percepção estética e a prática.
S. Giedion



Não escolhi a Arquitetura, ela já estava lá, dentro de mim, desde sempre. Não posso determinar os porquês desta presença, apenas posso tentar falar dos motivos pelos quais permanece em mim. Pensando bem, na verdade, sou eu quem permanece nela.
Motivos não faltam pra colocar em xeque se vale a pena, se é realmente o que quero, enfim.
Pensar se vale pena pode remeter ao retorno financeiro, ao êxito profissional, ao reconhecimento e méritos.
Retorno financeiro pra mim não é prioridade, não que não seja necessário, afinal é um grande investimento, principalmente de tempo, diga-se de passagem, algo extremamente escasso nos dias de hoje.
É um investimento que dinheiro não paga. Discorda? Então me diga quanto custa uma (várias) noite (s) em claro? Fazendo maquetes, montando pranchas, elaborando painéis, ou olhando pra uma folha em branco enquanto o desejado projeto não dá as caras. Só os loucos sabem.
Dificuldades à parte, sim é o que quero, o que SEMPRE quis. Vai valer a pena? É claro que vai! Por cada projeto finalizado, cada etapa cumprida, todo o aprendizado, toda a superação... Uma grande parte da vida dedicada ao que quero de futuro, e ao que venho apreendendo nesse breve presente ao lado de outros loucos arquitetos com quem divido não apenas o amor pela Arquitetura, mas um pouco do que sou, num conhecer-se mutuamente.
Desistir? JAMAIS! Vou até o fim, ou melhor até o início, já que por aqui nada acaba quando termina. Um ciclo chega ao fim para dar início ao seguinte.
Eu vou, por mim e pela sociedade em que acredito. Pela esperança de uma cidade (quiçá um mundo) melhor.
Mas não vou sozinha. Os caminhos são diferentes, mas a caminhada é igual. Vamos junto?!

sábado, 6 de abril de 2013

Vida de Jornalismo



Viver o jornalismo é um amontoado de ideias que lhe passam pela cabeça e que precisam ser registradas pela escrita para não se perderem no tempo. É pensar em inúmeras outras coisas e não conseguir se concentrar em apenas uma delas. Fingir que não existem problemas e que se está sempre pronto para a próxima, afinal, tevê, rádio, livro, foto, revista, jornal... Páginas e mais páginas que em branco não saem, de uma forma ou de outra virarão notícia.

Ouvir os fatos do dia no rádio enquanto lê o livro que fala sobre tevê e tenta, ao mesmo tempo, pensar no que escrever para o online. Equilibrar-se e manter o ritmo seja manhã, tarde ou noite (madrugada eu diria) e não deixar a peteca cair (para ser mais clara, não deixar sua pauta cair, por que senão, ai ai ai...)

Viver imerso nesse mundo é sorrir e chorar em um curto intervalo de tempo. Sentir-se sozinho na multidão e, de repente, receber aquela mensagem de alguém que do outro lado torce pelo seu sucesso e te faz ganhar o dia com um gesto simples.

É querer voltar atrás, desistir de tudo. Tremer na base ao colocar o microfone, ver as luzes se acenderem e escutar GRAVANDO! E logo em seguida, ver que tudo aquilo é mais que fascinante e você não fez a escolha errada.





É não deixar que o desgaste físico e psicológico de uma rotina mais que atarefada lhe roubem a capacidade de enxergar a vida com outros olhos. Indo mais longe, ser capaz de transmitir isso em palavras.

Torcer para que o leitor ao final da página se emocione com sua narrativa. Fazer-se presente na vida do outro, ganhar sua confiança e admiração. Em uma frase perceber que, para outro alguém, tudo aquilo faz sentido. E mesmo que essa resposta não chegue (seu texto nem seja notado), poder acreditar em si mesmo e no trabalho que realiza. Para mim, ser jornalista é criar novas realidades quando a vida te mostra apenas uma nem sempre tão boa. Acredito nisso hoje, espero acreditar por infinitos amanhãs.

"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para  isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte." (Gabriel Garcia Marquez)

domingo, 31 de março de 2013

Utopias e verdades


“A minha utopia é o meu horizonte.”
(Eduardo Galeano)

Essa frase me fez pensar no quanto precisamos fazer para alcançar metas e objetivos, concretizar planos, realizar sonhos. E esse é um caminho sem volta, caminhar sempre para a frente.
- Nossa ... está difícil....
- É?... fica assim não, depois piora....
Quantas vezes já ouvi isso. E não acho que seja pessimismo. Talvez excesso de sinceridade. E na verdade, as coisas pioram mesmo, tornam-se mais difíceis, mais desafiadoras aos nossos olhos e exigentes ao nosso coração.
Penso no quanto já fiz, e no muito que ainda terei de fazer pelos próximos tempos. Aliás, o tempo, quanto tempo se passou. Quantas pessoas conheci, quantos caminhos já percorri. Quanto de mim já mudei (pra melhor, às vezes).
Me deparo com dúvidas, fraquezas e medos... busco neles a força e o impulso para o amanhã.
Porque os dias se sucedem e tudo isso vira o ontem. E eu? Bem, eu viro aquilo que conseguir fazer, as superações que demonstrei, as falhas que ainda preciso corrigir.
Mas, voltando à frase do início, viver é tudo isso! É ter altos e baixos, momentos bons e ruins... acima de tudo, não parar de caminhar. Porque o horizonte se afasta justamente para que continuemos. Se pararmos de andar não há utopias, não há sonhos, não há vida.

domingo, 10 de março de 2013

Equilibrista


Passamos um tempo significativo de nossas vidas em busca de estabilidade, o que por si só nos deixa instáveis. A cada passo, reinventar-se. Permitir que a coragem supere o medo de arriscar. Por mais que tenhamos pessoas queridas ao nosso lado, grandes decisões precisam ser tomadas na mais íntima solidão. Hoje eu só quero equalizar minhas emoções, nem mais nem menos. O ponto certo para equilibrar-me na corda bamba que é viver.

Versos e rimas

Gosto de pessoas que são de verdade, pois minha também é essa necessidade.


Gosto daqueles que sabem quando preciso ficar sozinha, ao mesmo tempo em que os quero sempre junto.

Sou feliz quando posso dizer o que sinto e penso, sem nenhum fingimento.

Amo os que me fazem rir quando vejo mais motivos para chorar.

Gosto quando posso dizer que não estou bem quebrando a formalidade de um encontro, sem por isso, perder a amizade.

Eu sinto de tudo um pouco, e muito sinto saudade.

Sentimentos se repetem assim como as palavras deste texto. Viver nem sempre é coeso e coerente. Vou aprendendo a cada dia.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Eu penso muito


Vivo pensando em alguma coisa. Inclusive em que as pessoas pensam enquanto as observo. Não sei se penso mais que observo, ou se penso que observo. Enfim, observei que penso e penso muito. Às vezes, penso em não pensar em nada.

Pensamentos não se controlam. Estranho pensar nisso agora, em plena aula de História. Mas não me culpo, aposto que a grande maioria da turma está com o pensamento longe, e eu também.

Agora há pouco pensava na fragilidade da vida.


Acordei com essa música na cabeça, coincidentemente, logo depois fico sabendo do falecimento do poeta que lhe dava voz. Tristeza compartilhada com milhares de brasileiros. Descanse em paz, grande poeta.

O relógio marca dez e dezesseis. Ainda não é nem metade do dia. Tenho tempo pra pensar em muita coisa.

Sei que vou pensar no que tenho pra fazer quando chegar em casa, e se vou esquecer de algo...

Vou pensar em como estão as pessoas das quais sinto saudade, e de quem sempre me lembro, apesar da distância, assim como pensarei em quem está longe mesmo estando muito perto. Quem sabe eu pense no por que desta atitude, supondo de antemão que dificilmente vou chegar a alguma conclusão, e que possivelmente vou pensar nisso mais vezes.

Pensarei ainda, na volta pra casa, em todos que retornam sempre ao mesmo horário após mais um dia de trabalho, em sua maioria, inexpressivos, sem propósitos a não ser a repetição das mesmas atividades no outro dia, gostando ou não.

Irei pensar que a vida não está fácil e que talvez este seja um motivo para que essas pessoas ajam desta maneira, enquanto poderiam fazer coisas muito maiores. Sem esquecer que em alguns casos, o que falta é oportunidade, já que muitos querem, e buscam fazer a diferença.

Talvez sobre um tempinho pra pensar por que pensei em tudo isso. Antes que termine o dia, o texto acaba e chego à conclusão de que tudo foi apenas mais um de meus pensamentos, porque eu penso muito, eu sei.



segunda-feira, 4 de março de 2013

Irreplaceable



Algo que muito tenho visto é essa falsa ideia, exprimida em certas atitudes, de que as pessoas são substituíveis.

Não deu certo, troca, põe outro alguém no lugar, descarta fácil!

Não, não precisa ser assim. Cada um possui o dom de ser único. Se não deu certo, não era pra ser. Mas não adianta querer suprir a falta acreditando que este lugar será facilmente preenchido.

Um novo lugar pode surgir, mas não se trocam pessoas como peças em um jogo. Cada ser ocupa um lugar só seu, esteja este no passado ou não, o lugar não deixa de ter dono. Assim se constrói a história de nossas vidas.

Personagens podem sair de cena, mas não há como substituí-los na vida real.

Sim, somos INSUBSTITUÍVEIS.

domingo, 3 de março de 2013

Escolhas



É você quem escolhe:

Ficar de braços cruzados ou dar um passo adiante. Virar as costas ou enfrentar os fatos, olhar nos olhos, perdoar e ser perdoado. 

Ver a oportunidade passar ou agarrá-la com ímpeto. Esperar por um milagre ou tornar as coisas possíveis. 

Acreditar na (falsa) superioridade de coisas supérfluas, ou lutar por um mundo mais justo.

Aguardar o grande dia ou tornar seus dias grandiosos.

Ver sempre o lado negativo da vida, ou manter-se otimista.

Ser extremamente racional ou dar voz e ouvido ao coração.

É necessário dar espaço aos bons pensamentos, trazê-los pra perto da gente, transformar nossos dias, acreditando que sempre serão melhores. “Dias melhores pra sempre”.

Entre todas as possibilidades, fiz a maior de todas as escolhas. Escolhi ser feliz, e você?

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Mudaram


          Todos os gestos e sinais que buscava decifrar. Sim, se transformaram em dúvidas. Nenhuma certeza existe, ao menos neste momento. Será que tudo não passa de uma invenção de minha mente? Só o tempo poderá sanar essa dúvida. Enquanto isso não acontece, tento ocupá-la com minhas ideias.

        Não há como evitar o inevitável, uma hora ou outra as coisas mudam, e essa é uma verdade que, em geralmente fazemos questão de esquecer, isso é bom, o que não é bom é fazer de conta que as mudanças nunca virão.
         
        O melhor é estar preparado para abraçá-las, sem susto, apenas com um medo natural que logo se transforma, de acordo com nossa permissão.

       Se deixarmos, esse medo nos freia e isso impede a ritualidade de renovação que a vida sugere.

       Bora abraçar as surpresas da vida. As pessoas mudam, embora nem sempre pra melhor. A vida segue. Novos planos surgem, novos propósitos também. Está em nosso poder a decisão de abrir-lhes as portas.

       Eu sei, as coisas não são fáceis, mas ninguém disse que seria.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aos que torcem



No país do futebol falar em torcida lembra logo o grito enlouquecido que ecoa das arquibancadas e poltronas na fração de segundo em que a bola encontra a rede: GOL!

Torcida é paixão, boas vibrações fluindo, acompanhando o desejo da vitória. Mas não precisa gostar de futebol pra saber torcer.

Quem deseja que um plano dê certo, que motiva a corrida rumo às metas, que acredita em ideias, ainda que sejam as mais mirabolantes, e que sabe fazer do sonho do outro um desejo em comum, este sabe torcer!

Pode ser a mãe sonhadora, que torce para que o filho seja alguém na vida, por vezes, quando ele ainda nem veio ao mundo.

Pode ser um professor, ao ver em certo aluno a possibilidade de um futuro promissor...

A amiga que torce pra te ver subir ao altar e pra que caia em suas mãos o desejado buquê.
E a energia que existe em você mesmo, lhe motivando a dar orgulho a toda esta torcida.

Aos que torcem por mim e àqueles por quem torço, deixo os versos do poeta que me inspirou na escrita destes parágrafos, aliás, poetas também sabem torcer, torcem para que seus textos ganhem voz no encontro com o leitor.

Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você! Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) do mundo, mas a poesia (inexplicável) da vida.” (Carlos Drummond de Andrade).

                                                                     Amábile Oliveira

sábado, 12 de janeiro de 2013

Amizade


Corre, depressa
Para, respira e recomeça
A caminhada não pode acabar
O fim é sempre um novo começo,
A gente se vira do avesso, mas não desiste de tentar

E vai em busca do que acredita
Larga o certo pelo duvidoso, a realidade pelo sonho
E a segurança pela instabilidade de novos rumos.

O bom dessa aventura toda
É contar com o apoio de pessoas em quem se pode confiar

Amigos,
Que entendem o recado presente na singeleza de um olhar.

Ainda bem que eles existem e estão comigo,
Descobrindo as flores que estão no caminho

Braços dados,
Passos lado a lado
Que colorem e enfeitam o cinza do asfalto

Viva as cores dessa vida,
Viva o dom da amizade,
Viva a vida que é de verdade!

                                                                      Aline Oliveira

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dois mil e treze


Depois de um mês de pausa, aí vai a primeira postagem do ano!
Ano que termina com treze e faz acreditar, ao contrário do que geralmente dizem, que é pra dar sorte.

Este não é um ano qualquer. É o ano de continuar a fazer a diferença, de fazer mais e melhor. Se o ano passado foi marcado pelo anúncio do fim do mundo, fazer de 2013 o ano do recomeço parece uma boa ideia!

Bora desfazer as malas e arrumar o armário, mas só com o que deve permanecer, o que não deve é melhor deixar a onda levar.

Que tal fazer este ano incrível?
Tempo que leva segue viagem e te convida a embarcar. Venha!