A
arquitetura é uma atividade altamente complexa; opera numa região limítrofe, a
meio caminho entre a percepção estética e a prática.
S. Giedion
Não
escolhi a Arquitetura, ela já estava lá, dentro de mim, desde sempre. Não posso
determinar os porquês desta presença, apenas posso tentar falar dos motivos
pelos quais permanece em mim. Pensando bem, na verdade, sou eu quem permanece
nela.
Motivos
não faltam pra colocar em xeque se vale a pena, se é realmente o que quero,
enfim.
Pensar
se vale pena pode remeter ao retorno financeiro, ao êxito profissional, ao
reconhecimento e méritos.
Retorno
financeiro pra mim não é prioridade, não que não seja necessário, afinal é um
grande investimento, principalmente de tempo, diga-se de passagem, algo
extremamente escasso nos dias de hoje.
É
um investimento que dinheiro não paga. Discorda? Então me diga quanto custa uma
(várias) noite (s) em claro? Fazendo maquetes, montando pranchas, elaborando
painéis, ou olhando pra uma folha em branco enquanto o desejado projeto não dá
as caras. Só os loucos sabem.
Dificuldades
à parte, sim é o que quero, o que SEMPRE quis. Vai valer a pena? É claro que
vai! Por cada projeto finalizado, cada etapa cumprida, todo o aprendizado, toda
a superação... Uma grande parte da vida dedicada ao que quero de futuro, e ao
que venho apreendendo nesse breve presente ao lado de outros loucos arquitetos
com quem divido não apenas o amor pela Arquitetura, mas um pouco do que sou,
num conhecer-se mutuamente.
Desistir?
JAMAIS! Vou até o fim, ou melhor até o início, já que por aqui nada acaba
quando termina. Um ciclo chega ao fim para dar início ao seguinte.
Eu
vou, por mim e pela sociedade em que acredito. Pela esperança de uma cidade
(quiçá um mundo) melhor.
Mas
não vou sozinha. Os caminhos são diferentes, mas a caminhada é igual. Vamos
junto?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário