quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Na plateia



Me vejo observadora. Por um momento me abstenho de minha condição de personagem neste palco. Fico na plateia. Atenta, não em sinal de alerta, mas como uma admiradora desta grande peça.
Finais felizes? Não, o desfecho agora é outro, bem mais dinâmico. Início e fim não são tão previsíveis e programados como em contos clássicos.
A fragilidade se faz visível aos mais atentos.
Grandes romances não passavam de pequenos contos, as personagens continuam, seguem carreira. Novos contextos, novas histórias. Grandes mesmo são os sonhos, disto não há dúvida.
O motivo dos desfechos? Quem sabe a falta de apego, atenção, sinceridade. Às vezes, lá no fundo, o que faltou foi verdade.
É preciso verdade consigo próprio, só assim será possível construir relacionamentos duradouros. Nó falo só de romances, mas de todas as formas de companheirismo, amizades e mais ainda nas relações familiares.
Meu desejo de telespectadora? Simples. Não espero por um gran finale, um clímax seguido de “e foram felizes para sempre”. Não. A vida é bem mais que isso.
Desejo apenas que, entremeadas às nossas tarefas e batalhas cotidianas, sintamos e permitamos que um bem precioso coordene nossas atitudes. Tenhamos verdade, companheirismo, ética, adjetivos mais que expressem caráteres de quem deseja o bem.
O nome desta força? AMOR. A si e aos demais. É nas diversidades e no contato com o outro que temos a oportunidade de crescer e se desenvolver.
AMOR. Força suprema, dom divino. Irmão da paz. Grande estrela destas cenas reais.
             
                                                                 Amábile Oliveira

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