terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vem 2014!


Por:
Aline Oliveira

Não vou começar dizendo que foi um ano dos melhores que eu já tive. Na verdade, não foram poucas as vezes ou os meses que eu pedi pra correr depressa. É, 2013 não foi fácil. Foi preciso muita persistência e paciência para lidar com adversidades. Claro que momentos bons existiram e ainda bem que existiram! E agora já foi, estamos cada vez mais perto de um ano novo.

Fica sempre aquele balanço do que foi positivo e negativo nesses 12 meses. E chega o momento de fazer planos e criar expectativas de como será 2014. Vai ser um ano bastante cheio; será também o ano de fechamento de um ciclo importante.

Espero que haja muita felicidade, harmonia e perseverança nesses 365 dias que batem à porta.

A você, a mim, a nós
Um Feliz Ano Novo!

Sobre 2013


Por: Amábile Oliveira

Tem coisas que são de praxe. Retrospectiva de fim de ano é uma delas. Inevitavelmente somos pegos relembrando nossos momentos e montando nosso próprio frame com imagens que marcaram - seja na lembrança, no papel listando fatos ou em um app qualquer pra postar nas redes sociais.
Fato é que faz parte da nossa vida lembrar e relembrar pedaços dessa história que construímos e desconstruímos diariamente. Fazendo planos, mudando alguns deles, improvisando, dando aquele jeitinho brasileiro, enfim. Nem sempre conseguimos ser senhores do nosso destino, embora nossas escolhas tenham grande importância sobre nossos rumos.
A vida é quem dirige o espetáculo que se divide em ciclos de 365 dias. E o fechamento de mais um deles se aproxima, outra vez. Sempre que as férias dão uma brecada na loucura de estudos, trabalhos, deveres e afins, uma sensação diferente domina, a ponto de estranharmos tamanha "falta do que fazer" assim, de repente. Porque é tudo tão intenso, que o sossego pega de surpresa.
Ao mesmo tempo, uma ansiedade domina, planos e mais planos pro novo ano, ideias ainda não realizadas e certa nostalgia também. E aí entra a famosa retrô de fim de ano. Curiosamente, descubro só agora o que a numerologia reservava pra mim este ano. Mais curioso ainda foi notar que a realidade "bateu" com o que os números revelavam. " ...um ano de trabalho árduo ... você poderá ser mais exigido do que de costume... 
Realmente, foi um ano pesado. Não apenas pela rotina desgastante de estudos e demais atividades, mas também por outras preocupações, dificuldades. 2013 mal começou e logo se sucedeu um período difícil. Uma perda que abalou toda a família marcou demais. Todos pegos de surpresa e sinceramente, passados meses, confesso que a ficha não caiu totalmente...
"Você poderá se sentir sobrecarregado de responsabilidades, procure ter calma, saiba administrar bem seu tempo.” O cansaço por vezes falou muito alto. Foi preciso muita calma pra suportar as pirações em meio aos conflitos, divergências, estresses e afins.
...a organização será de suma importância para que você não se perca diante de tantas ocupações." A determinação foi persistente e me acompanhou nas madrugadas em claro, enquanto o físico pedia arrego e o psicológico tentava se impor.
O melhor de tudo, é que passado mais um ano, vi crescer amizades, companheirismo e parceria. "É impossível ser feliz sozinho" e digo mais, nada tem sentido se não for compartilhado.
Amizade é também doar-se constantemente, fazer-se presente e se alegrar com tudo isso. Mesmo nas dificuldades, prestar apoio, correr junto. Surpresas não faltaram, com gestos, atitudes boas (e as nem tanto), risos, abraços, reviravoltas, e voltas e mais voltas. O mundo gira e se às vezes deixa tudo de cabeça pra baixo, mais adiante a gente tenta por as coisas no lugar. E mesmo se cair, o importante é levantar.
A verdade é que depois vamos todos rir junto, dos erros e apuros. E quem sabe repetir alguns deles, e aprender com isso. Aprendizado também não faltou, na faculdade, no trabalho, na vida. E é assim que deve ser. Encerrado mais um ano, enxergo crescimento e evolução nas pessoas ao redor e do lado de cá também. 
Reinventei-me cada vez que fui pega de surpresa por imprevistos grandes ou pequenos; cada vez que tive que ficar bem, mesmo não estando; cada vez que vi o mundo se reinventar e me mostrar que existem várias formas de fazer a mesma coisa; que o certo pra mim pode não ser pra outra pessoa e vice versa. Cada vez que tive medo e precisei de coragem; cada vez que fiquei, quando desejava ir; cada vez que fui quando queria ficar ou achava que queria. 
Por muitas vezes, desejei que o ano acabasse logo. É, não foi fácil e não é fácil explicar os porquês... Contudo ou com tudo, me foram acrescentadas experiências e lições que não me fazem ser outra pessoa, apenas um "eu" um pouco diferente de 365 dias atrás. Com mais brilho no olhar, quem sabe mais feliz, mais forte e com a esperança que sempre esteve aqui, junto aos sonhos, crenças e valores essenciais.
Que venha 2014, com mais reinvenções pra somar ao que temos de essência,  que nos mantém sendo os mesmos "eus", mas de um jeito diferente, quem sabe melhor!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sobre escolhas e o tempo


Parando pra pensar nas escolhas, vi o quanto é contraditório o ato de escolher. Alguns escolhem entre as muitas possibilidades que a vida lhes oferece - e ainda reclamam não ter tudo. Outros, em maior número, escolhem entre “essa OU aquela” – não dá pra ficar com as duas coisas e é assim que é.

Pensei também no tempo, este senhor de todo dia. Pensei no envelhecimento, nas pessoas mais velhas, na velhice que espero alcançar. Passa tão rápido ao refletirmos sobre o que já conquistamos e, ao mesmo tempo, tão devagar quando há pressa em alcançar sonhos e mais sonhos.

Hoje deixei a pressa de lado e parei numa estação do metrô em que um (lindo) coral de senhoras se apresentava. Fiquei ouvindo uns dez minutos, o suficiente para escutar três canções. (Quando Eu Quero Falar Com Deus - Roberto Carlos; Oração de Um JovemTriste - Antônio Marcos e Tocando em frente – Almir Sater).

Reparei nos gestos daquelas senhoras. Também nos olhares e nas vozes, carregadas de emoção ao cantar. Mesmo sem conhecê-las, senti uma felicidade pulsar e falar mais alto por conta da escolha que elas fizeram de estar ali, fazendo algo bonito diante da vida (a vida de cada uma delas e a de quem por ali passava).

Podiam estar em casa, depressivas pela solidão que chegou com a idade. Podiam reclamar de tudo quanto for possível ou sei lá, podiam ser infelizes de alguma outra forma qualquer... Hipóteses e mais hipóteses.  Achei que fizeram uma ótima escolha por qualquer que tenha sido a motivação de cada uma delas.

Nos tempos de hoje, a velhice às vezes é encarada como incapacidade ou uma certa invalidez, como se viver fosse apenas esperar pela morte. E não é. Se houver escolha, quero envelhecer vivendo. Acho que de toda essa história, foi essa a certeza que eu vi confirmada.


“... Cada um de nós compõe a sua história, 
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz!”