Por: Aline Oliveira
me mudei
me mudei
troquei a rua, o tamanho dos cômodos, meu CEP
desarranjei as gavetas dos sentimentos que pensavam ter morada
desconheci gente nova, senti saudades velhas
evitei olhar para trás, e deu medo de seguir em frente.
aprendi que muito escapa das mãos, queira ou não
coloquei-me numa caixa, onde quis que lessem frágil,
mesmo não sendo tão fácil de quebrar.
perdi a conta do tempo que passou até que fosse desfeita a bagunça,
e ainda há caixas que não estão vazias.
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